Um adolescente de 15 anos, morador de Rondonópolis, comandava um grupo criminoso especializado em crimes virtuais contra crianças e adolescentes. Ele lucrava cerca de R$ 3 mil mensais vendendo conteúdos de exploração sexual infantil e materiais que incentivavam a automutilação de meninas.
A descoberta ocorreu durante a Operação Mão de Ferro 2, deflagrada nesta terça-feira (27), que cumpriu mandados em 12 estados brasileiros. A ação contou com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça e das Polícias Civis envolvidas.
Segundo o delegado Gustavo Godoy, responsável pela investigação, o adolescente vendia os materiais ilegais por valores entre R$ 5 e R$ 10, comercializando cerca de 10 fotos por dia. “Eles agiam com maldade, expondo e extorquindo adolescentes, mas também lucravam vendendo materiais. Ele chegava a ganhar até R$ 3 mil por mês”, afirmou o delegado.
Para manter o anonimato, o jovem utilizava documentos falsificados para abrir contas bancárias e perfis online. Além disso, prints divulgados pela Polícia Civil mostram o investigado ameaçando divulgar fotos íntimas de uma vítima em conversas pelo WhatsApp.
De acordo com as autoridades, o grupo era responsável por agir de forma articulada praticando crimes como promover a automutilação e o suicídio, perseguição, ameaças, produção e compartilhamento de materiais de abuso sexual infantil na internet, apologia ao nazismo e invasão de sistemas, incluindo o o ilegal a bancos de dados públicos.
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